Didi Quer Ser Criança
(Didi Quer Ser Criança, Brasil, 2004)Didi trabalha como provador de balas em uma pequena fábrica de doces tradicionais. Com sua alma infantil, ele sabe o que as crianças gostam. Só que a fábrica está passando por dificuldades porque a concorrência utiliza a mídia para vender balas cheias de corantes e ingredientes artificiais que fazem mal às crianças. O vilão, dono dessa fábrica, costuma dizer que criança só gosta de porcaria mesmo. Didi, que vive no meio das crianças da vizinhança, tenta convencê-las de que balas artificiais fazem mal. Mas mesmo se comportando como um verdadeiro crianção, seus amiguinhos não o escutam, pois ele é adulto. Criança não ouve adulto. Além disso, as propagandas falam diretamente para elas, fazendo os doces tradicionais parecerem sem graça. Não só a pequena fábrica está para fechar, como o próprio espírito de Cosme e Damião está morrendo.
Didi, que é devoto dos santos, reza pedindo ajuda. Seu desejo é atendido quando dois sujeitos maltrapilhos pedem auxílio. Eles não têm o que comer ou onde dormir. Vão até a fábrica do vilão e são humilhados. Quando vão à nossa fábrica, Didi os acolhe de braços abertos e os convida a dividir seu pequeno cômodo nos fundos do galpão. Agradecidos, eles dão para Didi um saquinho de balas de Cosme e Damião. São balas mágicas que têm o poder de transformar Didi em criança. Só assim ele vai poder convencer seus amiguinhos a rejeitar as balas artificiais e resgatar o verdadeiro espírito de Cosme e Damião. Afinal, criança só escuta criança. E assim, de criança em criança, eles formarão uma grande corrente.
Depois que Didi chupa a primeira bala do saquinho mágico, ele se transforma em criança e apaixona-se pela menina Sandrinha, filha do vilão, dono da fábrica concorrente.Didi vai ajudar uma criança a soltar uma pipa presa no telhado do galpão. Para isso tem que subir por dentro do prédio, em uma escada velha. Ele consegue soltar a pipa, deixando o garoto contente. Mas, quando vai descer, pisa em falso e cai de uma altura de 10 metros. No hospital, o monitor cardíaco dá seus suspiros finais. A máquina anuncia a morte de Didi. O médico dá a notícia trágica para todos que esperam. Em meio à tristeza geral, os dois andarilhos, despercebidos, entram na UTI e voltam com Didi vivo.
O vilão, dono da fábrica concorrente, tem outros planos. Junto com o químico sem escrúpulos, que inventa balas cada vez mais nocivas à saúde, ele pretende tomar conta da pequena fábrica para demoli-la e expandir seus negócios. Eles inventam, então, um componente químico que triplica a produção sem muito custo adicional. Só que as balas não são testadas e Sandrinha ingere uma e fica muito doente. Desesperado, ele chama o médico. Mas o atendimento demora e ele sai de carro para levá-la para o hospital. O carro morre justamente em frente à nossa fábrica e não pega de jeito nenhum. Ele olha para a filha, desfalecida, à beira da morte. Acaba tendo que bater à porta da pequena fábrica, com a filha nos braços, onde Didi e os dois sujeitos salvam a vida da menina. Agradecido e arrependido por sua ganância, ele resolve parar de fazer balas ruins e se unir à pequena fábrica para só fazer doces e balas tradicionais, sem aditivos ou corantes.
No final, uma grande festa é montada para trazer de volta o verdadeiro espírito de Cosme e Damião. A expectativa é grande, pois não se sabe se as crianças se convenceram. Mas, para surpresa geral, as crianças chegam em bandos, provando que a festa tradicional está mais viva do que nunca. E os maltrapilhos que Didi ajudou revelam ser os verdadeiros santos Cosme e Damião.
Elenco:
Didi (RENATO ARAGÃO)
Armando (WERNER SCHUNEMANN)
Felipe (CLAUDIO HEINRICH)
Sandrinha, adulta (FERNANDA LIMA)
Adriana (DIDI WAGNER)
Katia (DANIELLA CICARELLI)
Felipinho (PEDRO MALTA)
Didizinho (BRUNO CARIATI)
Seu Tião (ELIAS GLEIZER)
Cosme (RAFAEL DE CASTRO)
Damião (DANIEL DE CASTRO)
Direção:
ALEXANDRE BOURY e REYNALDO BOURY
Fonte:
Columbia Pictures